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Ávillys mac Mórrigan
Novamente, optei por reutilizar um texto antigo, de 2016, feito por mim. Isso porque o texto explica em perfeição o que penso e trabalho quando falo dos Três Reinos... Mas farei algumas correções pontuais.
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Viajo para muito longe das ondas.
Procuro minha alma, onde ela está?
Eu olho a estrela para me guiar de volta.
Há uma ilha no oeste,
Terra sob o Céu e sobre o Mar,
Viajo para muito longe em minha busca.
Procuro um guia para me conduzir.
Um ramo de prata em minha mão
Com flor de cristal e fruto dourado,
A mãe árvore cresce na praia;
É lá que eu devo encontrar minha raiz.
Há uma ilha no mar,
Onde as águas fluem e o alimento dá a vida,
Onde não há inimigo, onde o amor é livre.
Procuro um lugar onde não aja contenda.
Eu olho a estrela para me guiar para casa,
Encontro o repouso da minha alma e meu espírito,
Viajei muito além das ondas,
Pois não há fim em minha busca.”
(poema de Catlín Mathews para a travessia da alma apud Rowena A. Seneween)[2]
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[1] Particularmente eu
articulo os reinos igualmente como Acima, ao Meio e Abaixo, seguindo a seguinte
ordem: Céu acima, Terra ao meio, Mar abaixo. Minha justificativa é simples: uma
árvore possuí seus galhos altivos no céu, seu tronco está na terra, e suas
raízes profundas buscam água. Mas conheço e reconheço outras vertentes que, por
exemplo, articulam Céu acima, Mar ao meio, Terra abaixo, usando duas
justificativas: a primeira relacionada ao fato de que pisamos sobre a terra,
por isso ela estaria abaixo de nós; o mar nos circunda, o que dá uma ideia de
meio. A segunda justificativa que corrobora com essa visão são as articulações
dos caldeirões: Coíre Sois, na
cabeça, se articula com o Céu; Coíre
Ermaí, no peito, se articula com o Mar; e Coíre Goíriath, no ventre, se articula com a Terra. Vejo profunda
coerência nessa vertente. Mas eu particularmente, tendo a entender que a
posição dos Reinos não interfira em sua atuação. O Mar, mesmo abaixo nos
circunda. Referências mitológicas como a Terra Sob as Ondas (lar dos
ancestrais) também me fazem pensar no Mar como abaixo. Por fim, se recriarmos a
ideia cosmológicas dos Três Mundos estando nós habitando o intermediário, seria
fácil presumir que também habitemos o Reino Intermediário. Mas essa é uma
reflexão extensa e que creio ser insolúvel. Faço aqui uso das palavras de
Bellouesus para mim no VI EBDRC: “se dá certo para você, então está certo”.
Estude e escolha sua perspectiva, se ela for coerente e funcionar, viva-a.
[2] Retirado de Seneween, Rowena A. 4º dia: Três Reinos In Templo de Avalon [S. I.]. Disponível em: <http://www.templodeavalon.com/modules/smartsection/item.php?itemid=55>.